Acne: Profissionais de saúde da Unipar dão dicas de tratamento e prevenção

Publicado em 5 de Agosto de 2020 às 15:00

Kelli Kuhnen e Ediane Pissaia explicam que maus hábitos alimentares estão entre as causas do problema

A acne é comum em adolescentes e normalmente está associada a uma série de fatores que podem ser tratados para amenizar o problema. Ela acomete principalmente a face, mas também pode surgir em regiões como o pescoço, tórax e braços. O que muita gente não sabe, é que há tratamento e formas de prevenir.

A acne está interligada a maus hábitos, fatores ambientais, histórico familiar, hormônios (fator determinante em adolescentes) e estresse. E se apresenta em cinco graus, classificados de acordo com o tipo de lesão.

São os comedões (populares cravos), pápulas e pústulas (espinhas); nos graus mais altos pode desenvolver nódulos, cistos, abscessos e até mesmo febre. Na evolução desta disfunção se observa aumento da produção de sebo, obstrução do folículo, proliferação bacteriana e, consequentemente, a inflamação do local.

Segundo a tecnóloga em estética e responsável técnica do Centro de Estética da Unipar, Kelli Kuhnen, o tratamento é selecionado de acordo com o grau das lesões e condições da pele, e a intervenção precoce impede o avanço do quadro, bem como previne o aparecimento de manchas (hipercromias) e cicatrizes.

Ela alerta que a limpeza de pele é um procedimento crucial, que deve ser realizado somente por profissional, seguindo as normas de biossegurança. “Feita corretamente possui diversos benefícios e prepara a pele para receber técnicas manuais (drenagem linfática), cosméticos e recursos eletrofototerápicos, tal qual microcorrente, LED, laser de baixa potência e alta frequência”, explica.

A profissional também salienta que a escolha da terapia é personalizada para cada cliente, e pode incluir funções secativas, anti-inflamatórias, bactericidas, cicatrizantes e queratolíticas. “Em alguns casos são indicados dermocosméticos de uso domiciliar e o protetor solar livre de óleo é indispensável”, atenta, aconselhando que não se deve manipular (espremer) as lesões para evitar inflamações, infecções, manchas e cicatrizes.

 

Hábitos alimentares
 

A nutricionista Ediane Pissaia, responsável técnica da Clínica de Nutrição Unipar, diz que estudos realizados em adolescentes e adultos mostraram que o perfil alimentar e nutricional em pacientes com acne tem relação, principalmente, com o consumo excessivo de alimentos de alto índice glicêmico, leite e derivados.

“Alimentos com alto índice glicêmico são aqueles pobres em fibras, gorduras e proteínas, em destaque a farinha branca, amidos, pão branco, macarrão branco, arroz branco e doces em geral (sorvete, bolos, geléias)”, esclarece, lembrando ainda que os alimentos ricos em gorduras saturadas e trans deixam a pele oleosa, o que também pode ser um causador de acne.

A deficiência de micronutrientes também é fator negativo. O zinco e o selênio, encontrados em peixes e frutos do mar, carnes magras, cereais integrais, sementes e castanhas são minerais que atuam nos diferentes tipos de acne devido sua ação cicatrizante, ceratolítica e anti-inflamatória.

“Alimentos fontes de ômega 3, como linhaça, chia, nozes, castanhas, salmão, atum, sardinha, também possuem ação anti-inflamatória e promovem efeito protetor na acne vulgar”, acrescenta Ediane.

Dentre as vitaminas, a A e a B5 são as que se destacam. “A vitamina B5 promove o equilíbrio do metabolismo dos ácidos graxos, enquanto a vitamina A em doses adequadas proporciona a redução de lesões acneicas”, explica.

Cenoura, batata doce, espinafre, melão, manga e fígado são fontes alimentares de vitamina A e amendoim, avelã, farelo de trigo e aveia, castanha de caju e ovo, de vitamina B5.