Peça atraiu cerca de 500 pessoas, entre elas muitas crianças
Crianças e adultos se divertiram assistindo à peça ‘A bruxinha que era boa’, do Pitoresco Grupo de Teatro Unipar, um dos projetos de arte e cultura da Universidade Paranaense de Umuarama. A encenação aconteceu no Centro Cultural Vera Schubert, com um público de aproximadamente 500 pessoas.
A adaptação da obra de Maria Clara Machado ganhou contornos sofisticados: vestuário, iluminação, sonoplastia, cenário e maquiagem, tudo muito bem elaborado pelos atores, orientados pelo diretor, ator Luiz Fernando Guarnieri.
A atuação também foi muito boa! As gargalhadas estridentes das bruxas da ‘escola das maldades’ no palco arrancavam risadas espontâneas na plateia. E teve muitos ‘oooh!’ para a delicada bruxinha boa, que acabou sendo presa na torre de piche.
A história, que nos alerta para o ‘nunca julgar uma pessoa sem antes conhecê-la’, tem também no protagonismo um ‘terrível bruxo’, entre outros maus e bons personagens. Ah, os sete anões, dos irmãos Grimm, também apareceram e ajudaram a colorir mais a história.
“Alcançamos os objetivos com um bom texto, um bom desempenho e um público original, sincero, que são as crianças; foram momentos emocionantes”, exclama Guarnieri, comemorando o sucesso do trabalho, desenvolvido em meses de ensaio.
Em sua avaliação, diz que “a receptividade calorosa do público” motivou os atores a darem o seu melhor, no palco. “O público nos recepcionou de uma forma incrível! Isso, somado ao jogo de luzes, à sonoplastia bem elaborada, à magia do infantil e o talento dos atores, correspondeu às nossas expectativas”, afirma.
Fernanda Sandri, integrante do Pitoresco desde o ano passado, também deixou o palco cheia de orgulho: “A construção da personagem não foi tão complicada para mim, porque gosto muito desse lado mais inocente, sem maldade que a Ângela tem... Mas foi desafiador, sim, afinal foi minha primeira peça”.
Em relação à atuação, sua autoavaliação é franca. “Fui encantadora”, dispara a atriz. E acrescenta: “O melhor é que consegui dar conta do recado, mantendo durante os noventa minutos da peça a personalidade da bruxinha. Foi uma sensação muito gratificante... e de alívio também”.
“Uma experiência incrível” foi também a resposta do ator Cristiano Silva, que fez o bruxo vilão. “Consegui sentir o personagem na pele, com todos os sentimentos fortes que ele tinha que transmitir... Estou realizado e muito feliz!”. Ele e Fernanda fazem parte da trupe com apoio do Pibia (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística) da Unipar.
O figurino, elogiado pelo estilo, ficou por conta de Larissa Sgorlon; a sonoplastia, Karen Lessa; e a maquiagem, Maisa Trindade e Fernanda Sandri. Todas fazem parte do Pitoresco. Amador Alves, técnico do Centro Cultural Vera Shuber, colaborou na iluminação.
Sobre a obra
Maria Clara Machado coloriu a literatura e o teatro infantil no Brasil! Fundou o Tablado e escreveu quase 30 peças destinadas aos pequenos, entre elas “A bruxinha que era boa”. Ela não entende nada de feitiçaria e não tem uma enorme verruga no nariz, ao contrário, é linda e simpática e, o melhor, é cheia de boas intenções.
Não seria uma fada disfarçada? Não, pois fadas não gostam de voar em vassouras, e essa é a maior diversão de Ângela, uma bruxinha muito diferente de todas as outras que frequentam a famosa escola de maldades.
Histórico do Pitoresco
Nesses anos de caminhada artística, o Pitoresco Grupo de Teatro Unipar conquistou público e encabeçou obras famosas, como a construção da peça ‘Era uma vez - em busca da felicidade’; o clássico ‘O auto da barca do inferno’, do conceituado escritor português Gil Vicente [um dos textos mais traduzidos e executados em grupos de teatro no mundo]; o clássico teatral ‘Aurora da minha vida’, do renomado escritor brasileiro Naum Alvez de Souza; o romance policial ‘O caso dos Dez Negrinhos’, da ovacionada obra de Ágatha Christie. Durante todo ano, o grupo realiza diversas apresentações em entidades e escolas da região, e também produz e exibe, anualmente, a Mostra de Esquetes e a Mostra de Monólogos.
Sobre o Pitoresco
Coordenado pela Diretoria da Comunicação e Divulgação da Unipar, o Pitoresco é um dos vários projetos de arte e cultura da Universidade Paranaense. Coordenado pelo ator Luiz Fernando Guarnieri, reúne estudantes da Unipar e de escolas de Umuarama. Alguns são contemplados com o Pibia (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística). Para a formação do grupo do ano que vem, as inscrições serão em fevereiro. As aulas são gratuitas e abertas para a comunidade externa e interna da Unipar.