Aula Magna marca abertura de curso de mestrado em Plantas Medicinais

Publicado em 11 de Março de 2016 às 11:09

Professora da UFSC foi a convidada para o evento, que fez parte do 1º Encontro de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em Toledo

Professora da UFSC foi a convidada para o evento, que fez parte do 1º Encontro de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em Toledo

Foi um sucesso a Aula Magna promovida pela Universidade Paranaense – Unipar para marcar o início das atividades do curso de mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica, na terça-feira, 29, no auditório Cândido Garcia, em Toledo.

A palestrante foi a professora Thereza Christina Monteiro de Lima, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), que também oferece mestrado nesta área e que deverá compartilhar experiências com a Unipar.

A atividade integrou a programação do 1º Encontro de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aberto na terça e que encerrou na quara-feira, 30, também na Unipar. A Universidade Paranaense é parceria no projeto, desenvolvido pela 20ª Regional de Saúde e o município de Toledo, entre outros participantes.

Disponibilizando dez vagas, o curso de mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica da Unipar, recomendado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), contou com trinta inscritos. A concorrência foi considerada muito boa pelos gestores do programa. As aulas presenciais, que começam dia 22 deste mês, vão acontecer na sede da Instituição, em Umuarama, mas o mestrado monitorá atividades em diversos locais do Paraná, conforme a atuação dos alunos.

O mestrado profissional, disse a professora Thereza Christina, com base na experiência que tem em Santa Catarina, e outras iniciativas realizadas em Toledo em parceria, reúne um pessoal mais maduro, profissionais que sabem o que querem e a áreas específicas que pretendem atuar.

A pesquisa é feita de forma mais dirigida e aplicada, não necessariamente em laboratórios, como ocorre nos mestrados acadêmicos. Segundo ela, isso traz uma satisfação muito grande, na medida em que permite a aplicação prática e também a utilização de locais e áreas de atuação dos profissionais, como hospitais, unidades de saúde, secretarias municipais de saúde, entre outros locais.

Para permitir que os participantes continuem em suas áreas de atuação, as aulas presenciais serão realizadas nas sextas e sábados, além de ser possível aproveitar experiências desenvolvidas na área de atuação para a dissertação do mestrado, que terá duração de dois anos.

A professora da UFSC elogiou o trabalho que é feito na região [e no Paraná], relacionado aos arranjos produtivos para o cultivo e processamento de plantas medicinais. Por conta disso, ela considera que a região avançou bastante na utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças e tem possibilidade de crescer ainda mais. Neste sentido, o mestrado da Unipar poderá contribuir na melhoria da formação dos profissionais e no desenvolvimento de novas pesquisas.

Segundo ela, o processo para a produção e utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças é bastante burocrático, mas necessário para disciplinar o seu uso. “Saúde é uma coisa que não se brinca; tem-se a impressão de que, porque é natural, não faz mal à saúde. Isso não é verdade. Assim como outros medicamentos, os naturais também têm efeitos colaterais e podem ser tóxicos”, reforçou.