A instabilidade econômica não desanima os investidores do mercado pet. Pelo contrário, o cenário é promissor e, a cada ano, se fortalece com novidades nas áreas de...
A instabilidade econômica não desanima os investidores do mercado pet. Pelo contrário, o cenário é promissor e, a cada ano, se fortalece com novidades nas áreas de alimentos, hotelaria, brinquedos e de cuidados com a saúde e com a estética. A doutoranda Rosângela Rumi Sugauara está com olhos voltados para este último.
Aluna do programa de doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura da Universidade Paranaense – Unipar, médica veterinária está concentrada em pesquisar o que segue o tema ‘Biotecnologia aplicada à estética animal’.
Os estudos acontecem nos laboratórios de química de produtos naturais e de biotecnologia de produtos vegetais e de micro-organismos da Unipar, sob orientação da professora doutora Zilda Cristiani Gazim. Ela conta que desde a graduação tinha interesse em trabalhar nessa área.
“Observando a grande procura por produtos de embelezamento, optei por esta linha; sendo assim, tenho investigado a utilização de moléculas bioativas de plantas nativas no desenvolvimento de produtos cosméticos para banhos de imersão, massagens, ou seja, produtos voltados a promover melhoria da aparência do pelo dos animais”, explica Rosângela.
No momento, ela e sua orientadora estão realizando a identificação botânica da planta gabiroba. “Se obtivermos bons resultados, nosso objetivo é patentear as formulações desenvolvidas, para que o mercado pet possa dispor dos produtos”, avisa. A ideia é produzir xampu, condicionador e loção antimicrobiana.
Ela ressalta que durante os estudos verificou nas folhas de gabiroba a presença de saponinas, que são compostos com atividades antimicrobianas: “Desta forma estamos desenvolvendo protocolos para incorporação destas biomoléculas nos produtos com o intuito, também, de combater bactérias e fungos presentes nos pelos dos animais”.
Fontes Naturais
A pesquisadora da Unipar frisa ainda que dos produtos disponíveis no mercado pet, alguns são naturais e outros de origem sintética. “O que estamos propondo em nosso projeto são produtos que contenham, em sua composição, moléculas bioativas, vindas de fontes naturais. Outra diferença é que durante a pesquisa temos o cuidado de verificar a toxicidade destas biomoléculas, visando sempre o bem-estar do animal”.