Evento inscreveu mais de dois mil estudos científicos, resultados de projetos da pesquisa institucional da Universidade Paranaense
Foram mais de vinte horas de trabalhos intensos e contínuos nos dois dias dedicados ao 19º Encontro de Iniciação Científica da Universidade Paranaense, maior evento anual da Instituição e um dos maiores do Paraná [em âmbito acadêmico]. Desta vez, por causa da pandemia de covid-19, foi realizado no formato de videoconferência [on-line], com número recorde de participação.
O balanço apresentado pela Copex – Coordenadoria de Pesquisa e Extensão da Unipar é positivo: foram expostos 1.245 estudos acadêmicos, selecionados entre os mais de dois mil inscritos, abordando resultados de projetos de pesquisa científica da Unipar.
Os autores, professores pesquisadores e alunos [da graduação, pós-graduação e do ensino médio], se empenharam para valorizar cada momento dedicado à difusão do conhecimento que produziram. Foram 1.986 nessa missão, expondo de forma oral e em pôster vídeo. Os temas focados abrangem todas as áreas da ciência, sendo contempladas mais de 30 subáreas.
O Reitor da Unipar, Carlos Eduardo Garcia, participou da abertura solene, que contou com mais de mil assistindo ao vivo [professores e estudantes], pelo canal da Unipar no YouTube. No comando estava a coordenadora da Copex, professora Evellyn Wietzikoski.
Em seu pronunciamento, o Reitor exaltou elogios pelo êxito do evento: “Este Encontro mostra, de uma forma muito valorosa, o potencial dos nossos pesquisadores; é uma verdadeira vitrine das oportunidades que a nossa Universidade oferece para seus alunos expandir os conhecimentos, desenvolver habilidades, instigar o pensamento crítico e, claro, colaborar para a produção do saber científico. Isso tudo muito nos orgulha!”.
Também mencionou que o momento é oportuno para maximizar os debates em torno da ciência: “Agora mais do que nunca, diante desta pandemia de covid-19, estamos vendo o quanto a ciência tem sido abordada, requisitada, vangloriada... O Brasil, o mundo precisam de pesquisadores conscientes, bem preparados para esta e tantas outras batalhas que vão surgindo nestes novos tempos”.
O assunto também foi exaltado pela professora Evellyn, lembrando o eixo temático do Encontro: ‘Ciência, Tecnologia e Condição Humana: Desafios, Ações e Compromissos’. Mas ela seguiu pelo viés contrário: o desprestígio da ciência em nível global, alastrado pelas fake News, que, aliás, foi o tema da palestra de abertura.
“Nosso evento ganha mais força em tempos da prática irresponsável da divulgação de conhecimento não-científico, que, infelizmente, prejudica toda a comunidade científica e por extensão a sociedade”, justifica.
E assegura: “Nós lutamos para que o pesquisador seja respeitado, acreditando que o ambiente acadêmico contribui para a configuração de uma sociedade mais justa e mais preparada para os desafios que impõem à sobrevivência digna da nossa biosfera”.
Fake News
‘Fato ou fake: por que você deve desconfiar de tudo que vê na internet’ foi o tema da palestra de abertura do 19º Encontro de Iniciação Científica da Unipar.
O convidado, professor doutor de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie), Felipe Chiarelo, direcionou sua fala pelos meandros do ‘Direito disruptivo: fake news e tecnologia em meio ao caos’.
Apresentação cultural
Como em todas as edições, a abertura do Encontro de Iniciação Científica da Unipar foi ilustrada com uma peça teatral, só que gravada. Diretor e integrantes do Pitoresco Grupo de Teatro Unipar pautaram, escreveram, produziram e atuaram na novela ‘A caverna das fake news”.
O enredo foi inspirado no romance Dom Casmurro de Machado de Assis. ‘Capitu traiu ou não Escobar’ foi o argumento central, que provocou muitos ruídos de comunicação entre os personagens, provocando reflexão e risos.
As gravações e a montagem foram feitas pela equipe da TV+ Unipar, com câmeras de alta definição. Por causa do distanciamento social, as cenas foram gravadas uma a uma, individualmente [cada ator gravava a sua fala, sozinho, no estúdio].
O Pitoresco, projeto cultural da Unipar, é dirigido pelo professor e ator Luiz Fernando Guarnieri e reúne cerca de trinta jovens amantes das artes cênicas [alunos da Unipar e outras instituições]. O roteiro é do estudante Matheus Lima, que cursa Psicologia na Unipar.