Evento fez parte da programação da 6ª Jornada Acadêmica
“Melhorar a acessibilidade é uma responsabilidade de muitos, principalmente do poder público e dos profissionais das áreas afins. O que não foi feito ou executado errado pode ser melhorado. E o que será ainda construído não pode deixar de contemplar as regras”, disse o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Toledo, Primo João Momoli.
A afirmação foi feita durante o Fórum de Acessibilidade do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), realizado na Universidade Paranaense, Unidade de Toledo. O evento, que levantou debate sobre as políticas de acessibilidade, integrou a 5ª Jornada Acadêmica do curso de Engenharia Civil da Unipar, reunindo profissionais da área, gestores públicos, estudantes e professores. O diretor da Unipar, professor Sérgio Ricardo Ferrazoli, e alunos de Arquitetura e Urbanismo também participaram (22/08).
A engenheira civil e membro da Comissão de Acessibilidade do Crea-PR, Célia da Rosa, salientou que o objetivo da entidade é promover no Estado uma discussão sobre como estão a real necessidade e a implantação das leis e normas da acessibilidade. “A população está envelhecendo, temos cerca de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. E como estão nossos espaços? De quem é a responsabilidade?”, questiona.
Qualificação
Para os profissionais que projetam e executam as obras e a mobilidade das cidades, as discussões direcionaram olhares. “Por isso é importante esse tema e o trouxemos dentro da Semana Acadêmica para dar o devido valor. Para que todos os envolvidos possam pensar em acessibilidade e os nossos acadêmicos possam ter essa sensibilidade na atuação futura”, apontou o coordenador do curso de Engenharia Civil, professor Cristiano Goulart.
Os representantes dos órgãos públicos também foram chamados para promover políticas mais efetivas. “Sabemos que temos ainda ações pontuais nos espaços já construídos. Temos tentado avançar, como nas urbanizações que exigem o cumprimento das normas, mas temos muito a melhorar”, reconheceu o secretário de Planejamento de Toledo, Norisvaldo Penteado.