Coffito reconheceu o uso da toxina botulínica por fisioterapeutas em Acordão 609/23, publicado em 17 de maio de 2023
O plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) aprovou, por unanimidade, o reconhecimento da habilitação dos fisioterapeutas na utilização da toxina botulínica, ou botox, como é conhecido popularmente.
O uso da toxina botulínica por fisioterapeutas é permitido desde que observados critérios como a formação específica em cursos de capacitação reconhecidos pelo Coffito, com o mínimo de 50 horas de aulas para o uso da toxina na área da especialidade de Fisioterapia Dermatofuncional e de 70 horas para a área da especialidade de Fisioterapia Neurofuncional.
A coordenadora do curso de Fisioterapia da Universidade Paranaense – Unipar/ Francisco Beltrão, na modalidade presencial, professora Indiomara Baratto, disse que o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional reconheceu o uso da toxina botulínica por fisioterapeutas em Acordão 609/23, publicado em 17 de maio de 2023, no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo ela, o uso de toxina botulínica por fisioterapeutas foi reconhecido após um aprofundado estudo técnico-científico. “O fisioterapeuta é um profissional de nível superior, devidamente reconhecido e habilitado para a realização do diagnóstico fisioterapêutico, bem como para o uso autônomo dos procedimentos, técnicas e métodos fisioterapêuticos”.
Para Indiomara, a utilização de mais um recurso por parte do Fisioterapeuta é altamente benéfico, uma vez que, quem ganhará serão os pacientes na melhora da qualidade de vida e prognóstico de doenças.
O que é?
Originada da bactéria Clostridium botulinum, a toxina botulínica é amplamente utilizada na área estética para prevenir ou amenizar rugas e linhas de expressão, tanto na região dos olhos, da testa ou ainda, entre as sobrancelhas. O método de aplicação não invasivo e com ótimos resultados traduz o sucesso que gira em torno do produto, estando em alta há um bom tempo.
Benefícios
O uso da toxina botulínica não traz somente benefícios estéticos, pois o procedimento pode gerar benefícios terapêuticos também em pacientes que sofrem com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), portadores de distonias (distúrbio neurológico dos movimentos caracterizado por contrações involuntárias dos músculos), aqueles que sofrem com hiperidrose (suor excessivo, mais que o necessário para a função de regular a temperatura), pacientes com enxaqueca crônica, bruxismo (excessivo aperto ou ranger dos dentes durante o sono), dentre outros.
Última atualização em 30 de Maio de 2023 às 12:57