Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o movimento antivacina uma das dez maiores ameaças à saúde global
Na última semana, alunos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – Unipar/ Francisco Beltrão fizeram um debate no Tribunal do Júri, para discutir o movimento antivacina. A atividade foi orientada pela professora Franciele do Nascimento Santos Zonta.
O movimento antivacina é uma oposição à vacinação e baseia-se, principalmente, no negacionismo científico. O Brasil foi apontado como o país onde menos as pessoas acreditam ou têm confiança na ciência, conforme a última pesquisa realizada em 2019, antes mesmo da pandemia.
Segundo a professora Franciele, a pandemia do coronavírus foi um fator de fortalecimento para ideais negacionistas que influenciam e fomentam o movimento antivacina, o qual tendencia a população a não se vacinar, independente de qual seja o imunizante. “O movimento antivacina traz ideologias e princípios baseados em conhecimento não científico e é um retrocesso para as políticas públicas”, comenta.
A docente reforça que as vacinas devem ser consideradas uma das mais importantes conquistas e avanços na área da saúde. Entretanto, aponta Franciele, vem recebendo questionamentos deste movimento, seja por meio das conversas informais ou nas redes sociais, onde o conceito ‘hesitação em vacinas’ é constante. “O problema é tão grave que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o movimento antivacina uma das dez maiores ameaças à saúde global”, alerta.
Atividade dos alunos
O objetivo da atividade realizada pelos acadêmicos de Enfermagem foi promover a discussão sobre os dados científicos relacionados ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e confrontar o Movimento Antivacina.
Os alunos estudaram a temática e, em grupos, debateram a importância da imunização, os fatores de risco do movimento antivacina, as diretrizes do PNI e as graves consequências do movimento antivacina.
De forma muito criativa e lúdica, os alunos apresentaram exemplos de ordem prática, confeccionaram cartazes, se caracterizaram e desenvolveram a atividade com dinamismo, pautados sempre na cientificidade.
Franciele ressalta, que atividades assim, promovem discussões importantíssimas não só para a formação profissional, mas para a sociedade como um todo. “Além dos alunos protagonizarem o processo de ensino-aprendizagem, eles se tornam fortes disseminadores de conhecimento, refletindo esse aprendizado em suas práticas sociais”.