Emoções de menor intensidade, como ansiedade, estão ligadas ao aumento da ingestão de alimentos doces e ricos em gordura
Depois de dois anos de pandemia, acredita-se que a depressão e a ansiedade podem influenciar negativamente no retorno às aulas, pelo menos para boa parte dos alunos. Pensando em auxiliar e repassar orientações, nos dias 8 e 16 de março, o nutricionista e responsável técnico do curso de Nutrição da Unipar de Francisco Beltrão, Eduardo Szpak esteve no município do Verê para uma conversa com alunos e os pais sobre o tema.
Foram realizadas dinâmicas e exercícios para gerar um comportamento alimentar mais saudável. Recentemente, em Recife, houve uma crise de ansiedade coletiva entre os alunos de uma escola que tiveram que ser socorridos por serviços de emergência.
Segundo a coordenadora do curso de Nutrição, professora Indiomara Barato, a saúde mental está emergindo como uma área de foco fundamental. Ela salienta que, embora esteja em evidência, o que não é frequentemente falado no ambiente escolar é a ligação entre nutrição e saúde mental.
Evidências emergentes da literatura mostram que uma alimentação saudável pode apoiar os resultados de saúde mental e vice-versa.
“O que comemos ou o que não comemos pode afetar nosso humor a curto e também a longo prazo. Não comer regularmente pode levar os indivíduos a sentir mau humor devido à variação de açúcar no sangue. Por outro lado, nossas emoções podem induzir comportamentos alimentares específicos.
Embora explosões intensas de emoção possam suprimir o apetite, emoções de menor intensidade, como ansiedade, estão ligadas ao aumento da ingestão de alimentos doces e ricos em gordura. Um efeito com o qual muitos estudantes relataram após a Covid-19”, salientou a professora.