Objetivo é o desenvolvimento de competências ligadas à comunicação e oratória
O Tribunal do Júri (laboratório jurídico) do curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar/ Francisco Beltrão passou por reformas recentemente e já está sendo utilizado para conciliar o estudo teórico com a prática.
Por intermédio de estudos de casos e resolução de problemas, os acadêmicos – desde as turmas iniciantes - desenvolvem atividades de raciocínio lógico e retórica, estimulando e melhorando a expressão para as atividades do dia-dia.
Uma das atividades realizadas pela professora Maiara Noronha, na disciplina de Ciência Política, do 1º ano, foi através de um júri simulado sobre um caso emblemático julgado pelo Supremo Tribunal Federal (RE 1.212.272/AL), que teve como a discussão a possibilidade de recusa por parte de testemunhas de Jeová na realização da transfusão de sangue. A discussão conflitante levou em consideração o direito à vida versus a liberdade de crença e manifestação religiosa.
A professora Maiara ressalta que o objetivo foi protagonizar a prática pedagógica já no início do curso, aliada ao desenvolvimento de competências ligadas à comunicação e oratória, argumentação e raciocínio jurídico, bem como a aptidão dos acadêmicos em formar o convencimento de terceiros.
Em outra oportunidade, a professora Elouise Mileni Stecanella desenvolveu em atividade similar, para os alunos do 2º ano, o debate no formato de discussões de posicionamentos acadêmicos sobre ‘o direito à educação: perspectivas da educação familiar descolarizada no Brasil”. A escolha do tema se deu pelas controvérsias que existem em relação à educação familiar desescolarizada, também conhecida como homeschooling ou educação domiciliar, tanto em âmbito social quanto jurídico.
A professora Elouise conta que sua atividade teve como enfoque o desenvolvimento da transdisciplinaridade, unindo temas como direito, educação, psicologia, sociologia, além de contribuir para habilidades que farão parte da vida dos profissionais da área do Direito, entre elas a argumentação, criticidade e capacidade de síntese.
O Diego Canton, na disciplina de Meios Alternativos de Resolução de Conflitos, desenvolveu caso prático com os alunos, nos mesmos moldes, para estimular o raciocínio lógico dos acadêmicos do 2º ano.