Prática foca na assistência humanizada; os alunos aprenderam a produzir mandalas e estudaram os benefícios da arte para a mente
Inovar, acolher, capacitar, formar para a assistência humanizada. Com esses pilares, o curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – Unipar promoveu uma aula diferenciada - Ludoterapia como ferramenta para trabalhar a humanização no contexto hospitalar.
A atividade foi ministrada pela professora Geysa Apel, para a turma do 2º ano, na disciplina de Psicologia e Saúde. A docente explica que a aula buscou ampliar as possibilidades de uma atuação humanizada.
A proposta foi aprender a produzir mandalas. Como matéria-prima utilizaram materiais de fácil acesso e baixo custo, como espetinhos de churrasco e restos de lã.
“Este recurso pode ser utilizado por pacientes que estejam internados em hospitais ou que estejam em procedimentos de quimioterapia, hemodiálise, entre outros. A ideia é ensinar o paciente a usar o lúdico durante o internamento, com a intenção de tentar minimizar seu sofrimento, diminuir a angústia e estimular a criatividade”, compartilha a professora.
Integrante da atividade, a acadêmica Wilse Lombardi lembra que o convívio no ambiente hospitalar é difícil para qualquer indivíduo, independentemente da idade. Ele está fora do seu ambiente e convívio familiar, restrito às normativas e submetido a procedimentos invasivos, que podem ocasionar dores físicas e emocionais e resultar em uma estada traumática.
“A ludoterapia, musicoterapia e a arte são ferramentas de humanização que podem e devem ser utilizadas em todos os perfis etários de pacientes. É uma possibilidade de minimizar sentimentos de solidão e tristeza, tornando o tratamento menos doloroso”, afirma.
A estudante sinaliza a importância de verificar as habilidades motoras da pessoa, por exemplo, se tinha o hábito de fazer crochê, tricô, palavras cruzadas, desenhar. “A partir do momento que temos conhecimento da rotina do paciente podemos proporcionar o acesso a essas ‘ferramentas’ e tornar menos ocioso e doloroso aquele período”, justifica.
Wilse Lombardi lembra, ainda, a época em que ficou meses internada no Hospital das Clínicas de São Paulo e, na condição de paciente, pedia para as enfermeiras se podia ajudá-las em algo: “Elas deixavam eu fazer bolinhas de algodão. Sinceramente eu adorava ajudar, me sentia útil e, obviamente, o tempo passava mais rápido”.