Cooperação e dedicação dos professores foram decisivas na transição da sala de aula física para a virtual
Diante da nova realidade que o mundo vive, toda a estrutura social foi alterada, principalmente a da educação, com o aprendizado totalmente transposto dos ambientes físicos para o ambiente virtual, acompanhado de profundas transformações nos métodos e técnicas pedagógicas.
Sempre preocupado em manter o alto nível do ensino que oferece, o curso de Direito da Universidade Paranaense, Unidade de Umuarama, contou com total apoio do Pró-Magíster (Programa Institucional de Valorização do Magistério Superior) para a capacitação do seu corpo docente.
É que de um momento para o outro todos tiveram que enfrentar esta rápida adaptação, convertendo tudo o que estava planejado do meio presencial para o digital. Dispondo da capacitação continuada do Pró-Magíster, que inclui cursos, palestras, oficinas, entre outros eventos focados neste objetivo, os professores conseguiram esse feito e estão desenvolvendo suas atividades pedagógicas normalmente para que a carga horária de cada disciplina seja cumprida e os estudantes não sofram prejuízos no aprendizado.
O coordenador do curso de Direito, professor Valdecir Pagani, está satisfeito com o andamento dos trabalhos: “A pandemia pegou todos de surpresa, obrigando os professores a se reinventarem de uma hora para a outra. Em menos de uma semana, todos tiveram que migrar para o universo digital e fazer uso das ferramentas tecnológicas, até então vistas como um plus e utilizadas com parcimônia, mas que passaram a ser essenciais e de uso diário nesta nova forma de interação”.
Segundo ele, os alunos também tiveram que se adaptar a esta mudança radical: “Eles viram sua zona de conforto simplesmente desaparecer, trocando o acesso à universidade, o convívio com os colegas, as trocas de informações entre colegas e professores pela tela fria do computador. Porém, passado a susto inicial, todos estão agora interagindo com competência e entusiasmo”.
Pagani diz que vê com orgulho o fato de todo o corpo docente do curso de Direito reagir com rapidez e presteza à introdução das tecnologias em sala de aula: “O que era usado como auxiliar em sala, passou a ser o fundamental... reconhecendo o valor disso tudo, nós nos adaptamos e não paramos, correspondendo às expectativas dos nossos alunos”.
Mas, para o coordenador, nada disso teria significado se os alunos não tivessem também se adaptado ao ensino remoto, conscientes da necessidade de isolamento social e da necessidade da continuidade de seus estudos, assumindo o papel de protagonistas do processo de ensino-aprendizagem. “Todos nós do curso de Direito, alunos e professores, usamos esse percalço colocado em nosso caminho como trampolim para nos tornarmos melhores: melhores professores, melhores alunos, e no futuro melhores profissionais”, arremata.
Professores engajados
Para a Diretora do Instituto de Ciências Humanas da Unipar, professora Fernanda Garcia Velasquez, a pandemia veio como um susto: “De repente, a rotina acadêmica precisou ser totalmente alterada e adequada para o modo on-line, síncrono. Nós todos, que sempre fomos acostumados com as nossas salas de aula repletas de alunos, com o verdadeiro congraçamento acadêmico contínuo, nos vimos, de uma hora para outra, diante do absoluto desconhecido”.
Ela, que também leciona e orienta estágio no curso de Direito da Unipar, acredita que o enfrentamento, de certa forma tranquilo, a este “absoluto desconhecido” se deve à preocupação da Unipar em capacitar continuamente seus professores: “Por sorte, nossa Universidade utiliza a plataforma Google for Education desde 2017 e capacita diuturnamente seu corpo docente no uso das ferramentas tecnológicas e nos métodos ativos”.
E lembra, também, que a Unipar é detentora da melhor tecnologia necessária para aulas on-line, síncronas e assíncronas: “E o nosso curso de Direito é detentor de um time de professores extremamente engajado, com uma média de 18 anos de casa e vasta experiência no saber e na prática jurídica”.
No curso de Direito, segundo a diretora, a somatória desses importantes requisitos foi primordial para o início imediato dos Estágios Supervisionados Simulados e, posteriormente, do Estágio Real, com o efetivo desenvolvimento de todas as competências e habilidades previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais, uma vez que os processos judiciais no Brasil já são eletrônicos.
“Tanto as atividades teóricas, como as atividades práticas estão sendo desenvolvidas de forma síncrona, cumprindo todos os seus objetivos pedagógicos e profissionais, inclusive com a opção do Estágio Real ser também presencial no nosso ambiente específico, no escritório do projeto Serviço de Assistência Judiciária Gratuita (SAJUG), com a rigorosa observância dos protocolos de saúde”, reitera.
Experiência promissora
Desafiador e intenso. Assim o professor Fábio Ferreira Bueno define o processo de migração do ensino/aprendizagem do presencial para o remoto: “Foi complexo, pois optamos por uma atitude mais arrojada no cumprimento dos horários para respeitar a rotina dos professores e alunos, mesmo assim alcançamos nossos objetivos”.
Na opinião do professor, a frequência não foi a ideal nos primeiros dias, mas logo depois atingiu níveis aceitáveis, praticamente iguais e por vezes superiores às aulas presenciais: “As aulas envolvem conteúdo assíncrono e síncrono, o que facilita a assimilação dos conteúdos pelo aluno. Apesar das dificuldades, com esta nova experiência estamos todos aprendendo e interagindo e, por isso, acho que a volta ao presencial será em outro patamar: os aprendizados deste período facilitarão muitas boas ações futuras”.
Desafio superado
Acadêmicos aprovam e aplaudem o intenso esforço do corpo docente do curso de Direito em se adaptar às mudanças impostas pela pandemia da covid-19. “Tal conduta foi e está sendo fundamental para a continuidade dos estudos; no início foi difícil, estranho, diferente... como toda mudança gera desconforto, foi o que houve, entretanto mostrou para os acadêmicos, seus professores e toda a Universidade que superamos mais um desafio e que nada nos impedirá de estudar”, afirma o acadêmico e representante de turma Felipe Espolador Scarpeta.
Segundo ele, o impacto que tiveram [os estudantes] no início do cancelamento das aulas presenciais foi grande. “Acordamos, fomos para a Unipar como é de costume, nos cumprimentamos com apertos de mão e abraços, assistimos às aulas, aprendemos e rimos, nos despedimos e de repente foi a última vez que estávamos juntos em uma sala de aula, pois em um milésimo de segundo fomos informados de suspensões de aulas, tribunais, funcionamento do comércio... Em um instante de tempo estávamos nos perguntando ‘e agora? o que será deste ano? estamos para nos formar!’, quando percebemos que o desafio era bem maior que o TC, trabalhos e provas”, descreve.
O acadêmico diz que também refletiu sobre o que é possível fazer frente à pandemia. “Antecipar uma dificuldade e planejar a sua solução sem mesmo acontecer é uma virtude que poucos homens têm; felizmente, alguns desses homens estão na nossa Universidade Paranaense, que viram a evolução exponencial da tecnologia na educação e anteciparam sistemas de tecnologia como Google for Education, visando a melhor performance dos alunos e do ensino”, avalia.