O autor é o estudante do ensino médio João Lucas Orcelli, que teve a chance de mostrar no meio universitário vinte dos vários croquis que fazem parte do seu portifólio
O trabalho artístico do estudante João Lucas Orcelli, 16 anos, ganhou projeção no meio acadêmico da Universidade Paranaense – Unipar, nesta semana. ‘Croquis de moda alternativa: inspiração no real e no fantasioso’ foi o tema da exposição que mostrou vinte dos seus desenhos, produzidos nas horas vagas.
A curadoria foi do coordenador de projetos de arte e cultura da Unipar, professor Luiz Fernando Guarnieri. Foi ele que descobriu o talento do moço que estuda no Colégio Bento Mossurunga e respaldou a realização da mostra pelo projeto ‘Arte Universitária’, da Diretoria Executiva de Gestão da Comunicação da Unipar.
Os desenhos impressionam pela criatividade fantasiosa. Todos misturam referências de elementos da cultura pop e de estilistas famosos, como Thierry Mugler e Alexander McQueen. Estilos Camp e Steampunk também contribuem, assim como o de David Bowie e Dita Vom Teese. Tudo facilitado pela internet, que é o caminho mais promissor na busca de informação e inspiração.
A rede é que o colocou, por exemplo, em contato com o reality show Rupaul’s Drag Race, que, para ele, é um poço de boas ideias: “Nele, vejo as várias possibilidades de composição de peças de vestimenta que resultam em estilos muito interessantes e espetaculosos, bem diferentes dos que vemos no mercado de moda”.
A arte dos transformistas, personagens criados por artistas performáticos que se travestem, que usam vestimenta caricatural, é outro recurso a que se alia para traçar suas percepções. “Procuro ir além de padrões conhecidos e impostos, investindo na originalidade”, diz.
Gratidão
João Lucas conta que percebeu seu potencial para o desenho aos 13 anos, quando começou a encará-lo com mais seriedade. Sobre a chance de mostrar seu talento na Unipar, diz estar emocionado. “Sinto-me extremamente feliz, pois a Unipar me proporcionou a chance de levar minha arte às pessoas; isso é um enorme incentivo para jovens, como eu, continuarem a expressar e aprimorar a consciência e habilidade artísticas”, afirma. E lamenta: “Infelizmente a arte e todos os envolvidos nela não são tão valorizados no nosso país, então, procuro canalizar o que pode me fazer evoluir neste território e investir ”.