Há quase cinco anos a Unipar já trabalha com metodologias ativas em parceria com plataforma Google for Education
Não interromper os estudos dos acadêmicos neste período de distanciamento social em virtude da pandemia do coronavírus é um dos grandes desafios das universidades brasileiras. Muitas estão tendo dificuldade em migrar do ensino presencial para o remoto, já que para isso é necessário muito investimento.
Na Universidade Paranaense – Unipar, uma das pioneiras no Brasil no uso de tecnologias digitais, com respaldo da parceria com a plataforma Google for Education, o processo de ensino/,aprendizado tem mantido seu ritmo. A Instituição sai na frente porque professores e alunos já estavam capacitados e familiarizados para o uso das ferramentas tecnológicas.
“Há anos a Universidade Paranaense vem treinando seus professores para o emprego de metodologias ativas e tecnologias para o aprendizado, mas jamais imaginamos que estes métodos de ensino passariam a ser nossa rotina diária”, comenta o professor Fabrício Abel Paganini, coordenador do curso de Odontologia.
Segundo ele, no dia 17 de março de 2020, quando a equipe recebeu o comunicado oficial do fechamento das universidades, a maior preocupação enquanto docente era conseguir pôr em prática todo o treinamento recebido de forma que o ensino de Odontologia fosse mantido sem prejuízo. “E conseguimos”, confirma.
Um dos projetos que nasceu pela necessidade de instigar os estudantes é o “Webdiagnar”, idealizado e elaborado como piloto na disciplina de Diagnóstico Bucal pela professora Cintia Araújo, que é coordenadora do curso de Odontologia da Unipar, em Umuarama.
O projeto busca a integração dos professores e alunos da disciplina das três unidades acadêmicas da Unipar: Francisco Beltrão, Cascavel e Umuarama. Em encontros quinzenais todos se conectam para discussão de casos clínicos, correlacionando-os com os conteúdos que fazem parte do plano de ensino da disciplina.
De acordo com o professor Fabrício, esta união de tantas pessoas com diferentes vivências e percepções, num mesmo ambiente virtual, promove um compartilhamento de experiências e ideias que resgatam no aluno o interesse e a atenção diante da singularidade dos conteúdos abordados.
“Após o excelente feedback recebido por todos os alunos, este projeto sustenta em nós professores o prazer em ensinar e em nos reinventarmos buscando, em qualquer circunstância, a qualidade do ensino odontológico”, destaca a professora Letícia Guerra, que lidera o projeto na Unidade da Unipar em Francisco Beltrão.
Metodologias ativas
“Para o corpo docente e discente do curso de Odontologia da Unipar, a necessidade da utilização efetiva das várias ferramentas para a aplicação das metodologias ativas ocorreu de forma bastante confortável”, conta Paganini.
Segunda ele, isso se dá porque “a inclusão destes métodos na grade curricular do curso, principalmente pela parceria firmada entre a Unipar e o Google, já vem ocorrendo de forma gradativa há quase cinco anos”, informa.
“Nada mais interessante do que trabalhar com ferramentas e metodologias familiares e versáteis, mas com a devida percepção docente de que se necessita ‘do algo mais’, da sensibilidade em entender e propor o novo cada vez mais atrativo”, opina o coordenador.
E acrescenta: “Esta sensibilidade fez com que a Unipar pudesse mais uma vez sair na frente, mesmo num momento tão difícil que exige transformação e adaptação de todas as partes”.