Acadêmicos do primeiro período do curso de Direito idealizaram e executaram o júri simulado, com mérito de excelente atuação
Há mais de dez anos, o curso de Direito da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, proporciona aos acadêmicos ingressantes a experiência de criarem um júri simulado e atuarem nos papéis de defesa, acusação, jurados e réu. A proposta é do professor Antônio Brandão, na disciplina de Sociologia e sociologia jurídica.
O júri é baseado no livro O caso dos exploradores de caverna. “Esse livro é um exercício de direito natural e direito positivo, que se passa num país fictício, e retrata um homicídio, onde o direito natural consegue se sobrepor ao direito positivo; eles são julgados pela sociedade pelo crime que cometeram enquanto estavam na caverna e, nesse livro, eles são condenados”, contextualiza o professor.
Já no júri realizado na Unipar, neste ano, a defesa ganhou. A estudante Alessandra Torrealva, que representou a defesa, destaca que a defesa não foi feita só a partir das emoções, como comumente é feita no caso dos exploradores de caverna: “Trouxemos fatos do que realmente acontecia e pensamentos culturais e morais que realmente predominam na nossa sociedade”.
O grupo sinaliza que o caso fala de cinco homens que vão para uma caverna, eles querem sair vivos dali após um desmoronamento de terra e a conclusão do caso é que eles têm que sacrificar um deles para todos comerem e saírem vivos. “Assim que a nossa defesa viu a história, a gente se apaixonou. Eu não conseguiria sem o professor, que deu ideias durante as aulas, e sem o nosso grupo, que se empenhou para que fôssemos o melhor time de defesa”, elogiou Alessandra.
E agradeceu: “Foi uma atividade singular, em que aprendemos a questão de como pensar, não só na lei bruta, mas além do que está escrito”.
No fronte, também estiveram: Kelly Miranda, Bruno Weiber, Juarez Brandi (na defesa); Willian Rodrigues e Valter Vendramin (advogados de apoio); Amabila Melo, Vandressa Santos, Laura Cardoso, Allan Soares (na acusação); Kaliany Marques, Ana Paula dos Santos, Fernando Melo e Yasmin Bonfante (apoio da acusação).