Emerson Lourenço atua na produção científica desde 2003, sempre com trabalhos que colaboram efetivamente na promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas
Em reconhecimento ao trabalho científico que vem desenvolvendo, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) renovou a bolsa PQ (Produtividade em Pesquisa) do professor e pesquisador Emerson Lourenço, da Universidade Paranaense.
Atualmente ele é coordenador e professor orientador do programa de mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica da Unipar e professor orientador no programa de mestrado e doutorado em Ciência Animal com ênfase em Produtos Bioativos.
A bolsa de produtividade [de nível PQ2] é destinada a pesquisadores que possuam produção científica, tecnológica e de inovação de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento, com o objetivo de incentivar o aumento da pesquisa.
Na avaliação do professor, que exerce pesquisa acadêmica há 17 anos, esta conquista é fruto de muita dedicação. “Desde quando comecei na pesquisa, em 2003, tenho buscado desenvolver uma produção científica qualificada, sempre com o objetivo de colaborar diretamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, assegura.
Ele acredita que esse tempo de atividade consolidada na área, com muitas publicações científicas, muitas horas de orientações e várias participações em eventos de pesquisa, contribuíram para essa renovação.
Também comemoram renovação de bolsa PQ os pesquisadores da Unipar Nelson Colauto (coordenador do mestrado e doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura) e Giani Colauto (diretora do Instituto de Ciências Exatas, Agrárias, Tecnológicas e Geociências).
Tratamento da arteriosclerose com fitoterápico
A bolsa PQ do professor Emerson Lourenço é no campo da Medicina Veterinária, com área de concentração em Toxicologia Animal. Atualmente, o pesquisador está desenvolvendo diversos projetos científicos. Um deles tem foco na jabuticaba (Plinia cauliflora) e o intuito é investigar seus efeitos hipolipemiantes e antiaterogênicos em modelo experimental de arteriosclerose.
“A arteriosclerose é uma doença de origem multifatorial e crônico-inflamatória, que ocorre em resposta à uma lesão no endotélio vascular das artérias, o que pode causar ao corpo humano o infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, morte cardíaca súbita, entre outras consequências”, explica o pesquisador.
Segundo ele, estudos que avaliam os efeitos farmacológicos e de segurança de derivados vegetais para o controle e/ou auxílio no tratamento da hipertensão arterial sistêmica associada à aterosclerose são extremamente relevantes e necessários.
“Neste sentido, a Plinia cauliflora (da família Myrtaceae) é promissora para o desenvolvimento de um fitoterápico, já que se trata de uma planta amplamente utilizada na etnobotânica do Brasil”, destaca. Lourenço, que conta com a colaboração de colegas pesquisadores e alunos de programas de iniciação científica da Unipar para o desenvolvimento da pesquisa.
Os trabalhos começaram no ano passado. “Já tivemos resultados importantes sobre este estudo: primeiro deles é o uso eficaz do extrato dessa planta na prevenção da lesão cardíaca com quimioterápico e outro, é que este extrato não possui toxicidade e reduz expressivamente os níveis de colesterol e triglicerídeos em modelo de arteriosclerose”.
Fazem parte da colaboração do objeto de pesquisa os professores Odair Alberton, Ezilda Jacomassi e Daniela Boleta, da Unipar, e Arquimedes Gasparotto Junior, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), além dos alunos de graduação e pós-graduação Gabriel Augusto Beirão, Gabriel Maciel, Guilherme Donadel, Halisson Murilo Oliveira, Joice Karina Otenio, Mariana Moraes, Maxuel Fidelis, Ana Paula Cestari e Catia Sari Moura.