Augusto Mugnai participa junto com professores e outros membros do Grupo de Trabalho Fake News Portal da Covid-19, da UTFPR
Em tempos de facilidades de informação pela tecnologia, muitas notícias falsas bombardeiam a internet, as chamadas fake news. E, com a pandemia pela covid-19, ampliaram-se também no campo da saúde, surgindo, inclusive, projeto de extensão relacionando as fake news e o coronavírus.
Neste projeto, desenvolvido por estudiosos do Paraná, a Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, está sendo representada pelo professor doutor em Ciências Sociais Luiz Augusto Mugnai Vieira Júnior. Para ele, que leciona no curso de Psicologia, o tema é familiar, que já abordou o tema mídias digitais em sua tese de doutorado.
O pesquisador avalia a relevância do estudo, principalmente no momento atual e reflete: “O desafio da segunda década do século 21 é como lidar com as fake news? E mais, como esclarecer que postar e disseminar fake news não são liberdade de expressão? E ainda, fornecer o conhecimento de que liberdade de expressão não é liberdade de agressão?”.
E alerta: “Deve-se ter todo um cuidado para não se fazer do combate às fake news um precedente para se estabelecer a censura no Brasil. Por isso, a não polarização da discussão seria um caminho”.
O professor é colaborador do projeto junto com professores da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) de Santa Helena e outros membros do Grupo de Trabalho Fake News Portal da Covid-19, da UTFPR, que traz o slogan “Informando para Superar”. [Saiba mais em https://covid.sh.utfpr.edu.br]
Com Mugnai, participam as professoras e pesquisadoras Claudimara Cassoli Bortoloto e Leiliane Rezende, no levantamento de fontes em dois portais de notícias de maior acesso do país (globo.com e UOL), sendo G1 - Fato ou Fake e UOL - Confere. As pesquisas também fazem referência aos conteúdos divulgados pelo Ministério da Saúde.
Algumas publicações do grupo sobre a covid-19 estão na sessão Opinião dos Editores, no site da UTFPR [https://covid.sh.utfpr.edu.br/coluna-covid/]. Uma delas, o artigo “Uma batata quente chamada fake news: cozida ou assada é indigesta à sociedade”, de autoria do professor Mugnai e da professora Claudimara.
Sobre os resultados, os estudiosos destacam que é possível observar que “as fake news têm aumentado, pois estamos diante de uma sociedade cada vez mais digital, e precisamos saber como lidar com essas relações on-line, até porque, como apontam diversos pesquisadores, as redes sociais digitais são como um terreno fértil para difusão destes conteúdos, quando usuários tendem a confiar em opiniões formadas e moldadas por grupos influentes. Isso tende a ocorrer quando a visão de mundo é contemplada por esses conteúdos, mesmos sendo falsos”.
Para quem tem interesse em seguir o trabalho, o grupo criou um endereço eletrônico, onde estão sintetizadas todas as notícias publicadas por dia e checadas por esses sites. É só acessar o link: https://covid.sh.utfpr.edu.br/categoria/…/fake-news-e-fato/