Professoras da Unipar são as primeiras esteticistas paliativistas da região

Publicado em 10 de Novembro de 2020 às 12:00

A estética paliativa visa “acrescentar vida” aos dias das pessoas que possuem doenças crônicas

Professoras do curso de Estética e Cosmética da Universidade Paranaense são as primeiras esteticistas paliativistas de Francisco Beltrão e região. Juliana Marchi, coordenadora do curso e mestra na área de terapias alternativas, e Natally Marchioro, especialista na área de imagem pessoal e maquiagem e de pré e pós-operatório de cirurgias plásticas, estão comemorando a conquista.

Elas lembram que a área de Estética e Cosmética é muito ampla e envolve muito mais que beleza: envolve também saúde, conceito trabalhado em todas as áreas de atuação do tecnólogo em Estética e Cosmética, mas com destaque na área de terapias alternativas/integrativas, uma vez que o profissional capacitado e atualizado nesta área atua diretamente na promoção da saúde.

A professora Natally iniciou sua graduação no ano de 2008, seguida de especializações e capacitações. Também nesse ano a professora Juliana iniciou a formação na área de terapias e, desde então, com especializações, mestrado e cursos de aperfeiçoamento foi enriquecendo seu currículo.

Almejando mais degraus na carreira, em 2018 elas buscaram a capacitação específica em Estética Paliativa. De lá para cá, foram várias participações em congressos, eventos e cursos que resultaram no título de esteticistas paliativistas.

De acordo com a professora Juliana, a estética paliativa, além de melhorar a beleza exterior, conecta o indivíduo com a sua nova identidade visual, usando técnicas de imagem pessoal e visagismo devolvendo assim a autoestima.

“A estética paliativa visa ‘acrescentar vida’ aos dias das pessoas que possuem patologias como o câncer, o alzheimer, o parkinson, a fibromialgia, dentre outras doenças em estado crônico”, informa.

Os tratamentos atuam em problemas físicos: cutâneos (desidratação e ressecamento, manchas, fissuras e lesões, entre outros), circulatórios (edemas), problemas musculoesqueléticos (dor, tensão, dificuldade de mobilidade). “Com as técnicas que aplicamos é possível reduzir os efeitos adversos dos tratamentos convencionais e melhorar a saúde”, destaca.

Ela acrescenta que essas técnicas beneficiam também o emocional do paciente: “Com uma boa comunicação, com uma ‘papoterapia’, com protocolos de bem-estar e com acolhimento, é possível melhorar a qualidade de vida de todos que usufruem dos tratamentos”.

Para a professora Juliana, mais do que capacitar-se nessa área é importante possibilitar essa atualização para as acadêmicas do curso de Estética e Cosmética e conscientizá-las de que se trata de uma área promissora de atuação.

Isso tem se tornado possível na Unipar com a promoção de eventos extracurriculares da graduação. “Já abordamos esse tema em palestras com a primeira esteticista pós-graduada em cuidados paliativos, Vanessa Menezes Monteiro, e com a embaixadora da Estética Humanizada, a esteticista Isabel Piatti; também realizamos viagem técnica para o 1º Meeting Multidisciplinar de Saúde Estética”, orgulha-se a coordenadora”.