Em quatro semanas, quase 4 mil pacientes foram monitorados pelo MedLigue
O MedLigue é um projeto da Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFMSA) Brazil Unipar, que visa promover a educação em saúde por meio de ligações telefônicas.
O curso de Medicina da Universidade Paranaense – Unipar/Umuarama promoveu a primeira edição do MedLigue em 2020, com foco em pacientes com hipertensão e diabetes. Em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Umuarama, os acadêmicos foram convidados a fazer essas ligações telefônicas para monitoramento de pacientes suspeitos ou com resultado reagente para Covid-19.
Esse ano, devido ao aumento dos números de casos em Umuarama, a parceria foi reativada, dessa vez realizando ligações somente para pacientes que apresentaram resultado positivo.
O professor responsável pela coordenação do projeto, Dr. Eguimar Roberto Martins, conta que o MedLigue iniciou suas atividades em 20 de janeiro e finalizou os atendimentos em 17 de fevereiro, totalizando quatro semanas. Cerca de 50 acadêmicos do 2º ao 4º ano do curso se envolveram com a ação e, para isso, receberam treinamento e orientação para lidar com as mais diversas situações que podem ocorrer durante as ligações, bem como orientar de forma correta os pacientes monitorados.
As notificações dos casos eram coletadas através do sistema de monitoramento Notifica Paraná. A média diária era de 380 notificações. Durante a ligação, eram obtidas informações pessoais, sintomas, além da condição dos outros moradores da residência. Todos esses dados eram computados em fichas padronizadas e distribuídas a todos os alunos do projeto, e semanalmente eram encaminhadas para a Secretaria de Saúde.
“Para que ocorresse um monitoramento eficiente e que fosse possível acompanhar a evolução da doença no paciente, as ligações eram feitas a cada 48 horas, quando havia sintomas e a cada 72 horas em casos de assintomáticos, até que se chegasse ao fim do período de isolamento”, explicou a acadêmica Júlia M. Zonin, integrante do projeto.
Quando necessário, também orientavam os pacientes a procurarem o Ambulatório de Síndromes Gripais, assim como em quais casos era preciso comparecer às Unidades Básicas de Saúde. “Orientações sobre sintomas pós-Covid, tempo de permanência em isolamento e quando realizar a próxima dose da vacina também fizeram parte do protocolo”, destacou a aluna.
RELATÓRIO
No período em que o projeto aconteceu, foram recolhidas 4.633 notificações. Infelizmente, cerca de 25% a 30% desse número correspondem a pacientes que não atendem às ligações, o número do telefone não existe ou não está registrado no cadastro do sistema.
Última atualização em 22 de Fevereiro de 2022 às 10:27