Conduzido pelo músico instrumentista Marcos Damasceno, encontro versou sobre história, poética e ritmo
A arte expressa características humanas, por isso possibilita a compreensão do próprio ser humano, sendo um objeto cultural amplo. Assim, por considerar a potência desse recurso no campo da criação, da expressão e ressignificação do mundo, o curso de Psicologia da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Cascavel, promoveu um minicurso sobre música popular brasileira: história, poética e ritmo.
A atividade foi organizada pela professora Tatiane Superti, na disciplina de Processos Criativos, ministrada à turma da 1ª série. Para compartilhar sua experiência de vida e de trabalho foi convidado o cascavelense, músico e professor Marcos Otávio Damasceno. O evento também contou com a participação do artista Ulisses Pessoa, natural de Natal e residente há 8 anos em Cascavel.
Ao relatar sua história, Damasceno lembrou que a região ficou conhecida pelo famoso bailão, considerado, por ele, uma escola. “Chegou uma hora em que Cascavel ficou pequena, não no sentido de tamanho ou fama, mas de conhecimento epistemológico, de aberturas e possibilidades que no interior é impossível, principalmente na área artística, que é muito difícil”, disse.
Sob seu olhar, a música é como uma célula planetária, e, nesse sentido, parafraseou Nietzsche: “A vida seria um erro se não existisse o som”. Complementando que nos compreendermos em sociedade e se faz essencial olhar uns para os outros com mais amor. “Os maiores músicos que trabalhei me aproximaram desse conceito”, agradeceu.
O produtor e diretor musical afirmou que “a música é uma porta para compreensão do mundo contemporâneo”. Damasceno falou sobre seu trabalho, voltado para a literatura e para a música, precisamente para a área do jazz. Ainda, promoveu reflexões ligadas ao processo civilizatório, indagando: Qual a ideia que vocês têm de ser brasileiro? Como é se enxergar como brasileiro? Quem somos nós brasileiros? O que é o Brasil? Vocês conhecem o país que vocês moram?
Seu colega de profissão também apresentou sua trajetória no universo da gaita e percussão. Com grande atuação no cenário artístico cascavelense, Ulisses falou da participação em diversos projetos de artistas locais, um deles é com o Trio Kangebrina, projeto que explora e pesquisa o folclore brasileiro em suas múltiplas facetas e entornos estéticos.