Rev Rene: Pesquisa de Enfermagem com mais de 240 mães é destaque nacional

Publicado em 23 de Outubro de 2020 às 16:03

O artigo publicado na renomada revista aborda as dificuldades que as mães de recém-nascidas têm ao lidar com o bebê

O grupo da linha de pesquisa ‘Obstetrícia e Neonatologia’ da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, comemora a publicação de artigo em periódico científico renomado, a Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste – Rev Rene. Trata-se de uma das mais respeitadas da área, no Brasil.

Escrito por professores e estudantes do curso de Enfermagem da Unipar, o artigo versa sobre ‘Dificuldades maternas no cuidado domiciliar a recém-nascidos’. Para o estudo, a equipe fiz visitas in loco a 247 mulheres em período de pós-parto.

Na visita, aplicaram questionário e, após os dados levantados e analisados, concluíram que, tanto as mulheres que deram à luz pela primeira vez, quanto as que já tinham tido filhos, apresentaram dificuldades relacionadas ao cuidado dos bebês, como banho, amamentação, arroto ou cuidados com o cordão umbilical.

Segundo a enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da Unipar, Lediana Dalla Costa, um dado importante levantado pela pesquisa mostra que as dificuldades estão, na maioria das vezes, associadas à insegurança, à preocupação ou ao desamparo.

“A mulher, ao dar à luz, muda completamente sua rotina. As atividades que antes eram rápidas e simples de se fazer passam a demandar maior esforço, organização e adaptação, pois ela precisa incluir o filho nesta rotina. Isso faz com que muitas mães se sintam desamparadas. O apoio da rede familiar é fundamental neste momento”, relata.

A acadêmica Kelly Dalorsoletta faz parte da equipe. Ela conta que teve a oportunidade de participar por dois anos do projeto de iniciação científica nesta área e isso foi essencial para a escolha do tema e realização do trabalho: “Depois de tanto empenho ver nosso artigo publicado é gratificante! Espero que os dados possam auxiliar na assistência às mulheres nesse período e instigar novas pesquisas”.

A pesquisa também concluiu que as primigestas (primeira gravidez) apresentaram mais dificuldade quanto aos cuidados com o banho e o arroto dos bebês. E as multigestas (mais de uma gravidez) manifestaram hesitações na pega correta, identificação da saciedade da amamentação e retirada de leite em excesso.

Os cuidados quanto à escolha da roupa e com o coto umbilical foram obstáculos relatados pelas participantes, independe da paridade. A comparação entre as dificuldades vivenciadas por puérperas primigestas e multigestas demonstrou que ambas possuíam dúvidas semelhantes no cuidado domiciliar a recém-nascidos.

Também assinam o artigo os professores Marcela Gonçalves Trevisan, Géssica Tuani Teixeira, Jolana Cristina Cavalheiri e Alessandro Rodrigues Perondi e as acadêmicas Kelly Dalorsoletta e Ketlin Margarida Warmling.