Projeto da arquiteta Maikieli Bussolaro para novo centro cívico prevê áreas de cidadania, lazer e interação social
Um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da arquiteta Maikieli Bussolaro, egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paranaense – Unipar, Unidade de Francisco Beltrão, prevê um novo espaço público e administrativo para o município de Coronel Vivida. O estudo foi apresentado ao prefeito Frank Schiavini, que gostou muito da ideia.
Segundo ela, um dos primeiros motivos que a levaram a desenvolver este projeto é a carência por espaços públicos de qualidade, que permitem a integração da população, como influência para a criação de uma identidade para a prática da cidadania, do lazer e da interação social.
O projeto foi inscrito no concurso nacional Ópera Prima deste ano e está entre os indicados para o prêmio. A arquiteta explica que a implantação das edificações segue a orientação solar e a topografia do terreno. Com composição subtrativa de volumes em nível térreo, e aditiva para os pavimentos seguintes, permite uma área maior de circulação de pessoas da cidade e visitantes.
Ela também destaca as várias estratégias bioclimáticas que empregou no projeto, como o uso de elementos de proteção nas fachadas, vertical e horizontal, com brises móveis de madeira e jardins.
Captação da água da chuva e sanitários que reduzem até 30% do consumo e reutilizam água das cisternas são outros destaques, bem como o emprego de painéis solares fotovoltaicos, com capacidade de gerar toda a energia consumida. Fazem parte da concepção da obra jardins de inverno, espelhos d’água, vidro duplo nas fachadas e vegetação, que atuam na conservação da biodiversidade e na criação de um microclima local.
Concurso Ópera Prima
O projeto da jovem arquiteta também foi indicado pela Universidade Paranaense para concorrer ao prêmio Ópera Prima 2020, que está em sua 30ª edição. A professora Adriana Kunen, que orientou a egressa, disse que o trabalho se destaca em pesquisa, em referências e em inovação.
“Quando temos casos assim, de trabalhos de excelência, é uma honra para a Universidade Paranaense poder competir com a FAU-USP, Mackenzie, PUC e outras tantas importantes instituições de ensino superior”, elogia.
Mas a arquiteta Maikieli não é a primeira a orgulhar a professora. Adriana conta que a primeira turma (2015) do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unipar em Francisco Beltrão teve também indicação do aluno, hoje arquiteto, Cássio Henrique Marcon Pastre, com o projeto ‘Centro cultural e histórico do vinho’, para a cidade de Mariópolis/PR.
Cássio atua na cidade de Francisco Beltrão. Ele e Daniely Coelho, também egresso da Unipar, são sócios-proprietários da Arcon - Arquitetura e Construtora, que agora recebe também Maikieli na sociedade.
Em 2016 mais dois acadêmicos orientados pela professora Adriana levaram o nome da Unipar para o Ópera Prima: o arquiteto Maicon de Oliveira, com o projeto ‘Nova unidade do Serviço Social do Comércio (SESC) na cidade de Francisco Beltrão’, e o arquiteto Telmo Cioatto, com o projeto ‘Centro Cívico para Francisco Beltrão’.
“Atualmente Maicon está desenvolvendo junto à equipe de arquitetos da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Francisco Beltrão o novo Centro Cívico da cidade, no mesmo terreno em que desenvolveu seu TCC”, conta a professora.
E tem mais: em 2017 foi a vez da acadêmica Talini Maria Sebben dar essa honra à Unipar, com o projeto de uma aduana turística, proposta para integrar Brasil e Argentina, nas cidades fronteiriças de Santo Antônio do Sudoeste-PR e San Antonio, Missiones.
“Quando o trabalho é indicado ao Ópera Prima, dá para levar para a vida afora a felicidade de concluir o curso com tal honraria. É como um Nobel que o graduando conquista”, salienta a professora, avisando que, devido à pandemia de covid-19, o concurso Ópera Prima está atrasado e talvez só aconteça em outubro.