Referência na produção de proteína animal, a cidade promove trocas de conhecimento com importantes pesquisadores e estudiosos desse cenário
Consagrada a maior produtora de alimentos do Estado do Paraná, a cidade de Toledo é palco para mais um InovaMeat - o maior evento de inovação na Produção de Proteína Animal. Essa terceira edição se realiza de 1º a 3 de abril, no Centro de Convenções e Eventos Ismael Vicente Sperafico. A realização é do Sindicato Rural e da Associação Comercial e Empresarial de Toledo.
Como não poderia ser diferente, a Universidade Paranaense - Unipar marca presença na feira com o estande dos cursos de Agronomia e de Medicina Veterinária - um marco na história da unidade, que passa a ofertar estes cursos em 2024. Também apresenta seus cursos da pós-graduação stricto sensu - mestrado e doutorado na área e cursos in company.
O diretor da Unidade, professor Robson Recalcatti, junto com os docentes dos cursos, recepcionou os acadêmicos e conversou com autoridades. Para o gestor, é uma satisfação e alegria participar pelo segundo ano consecutivo do evento e, desta vez, com os cursos recém-lançados na Unidade de Agronomia e Medicina Veterinária. “Estamos em uma região onde o agro é muito forte e felizes por levar à comunidade o que a Unipar tem de melhor nessa área”, enaltece.
Quem também prestigiou foi o professor André Turetta, Head de Inovação da Unipar. Para o gestor, a participação da Unipar na Inova Meat, retrata de modo prático a forma como a instituição está se conectando com os atores que pesquisam e desenvolvem inovações para o agronegócio. "O Agronegócio brasileiro possui a necessidade de superar a commoditie e ofertar produtos de maior valor agregado, melhorando o saldo da balança comercial e a rentabilidade para os investidores. O setor que é um dos principais motores do desenvolvimento regional carece de mão de obra especializada, novas tecnologias e infraestrutura. A Unipar pode contribuir com soluções sob medida para o produtor rural e para as cooperativas agrícolas que prezam por eficiência operacional e excelência. A Inova Meat conecta governo, indústria, academia e sociedade civil organizada, é um ambiente propício para o surgimento de oportunidades de novos negócios", complementou.
O evento inclui na programação de diversos pesquisadores, estudiosos e figuras importantes no cenário produtivo da proteína animal, trazendo o que tem de inovação e tecnologia nos temas relacionados à genética, desafios do produtor e cadeia produtiva de suínos, aves, peixes e pecuária leiteira.
Um dos grandes nomes do Brasil da pasta da Agricultura palestrou na abertura do evento. A senadora e ex-ministra Tereza Cristina trouxe a temática ‘As potencialidades do Agro’. A autoridade destacou o caso de sucesso de Toledo, que pode e deve ser replicado: “Estamos no lugar certo para falar de bioenergia do agro. Toledo, maior produtora de carne suína do país, está hoje produzindo energia elétrica a partir do biogás gerado por dejetos de animais”.
Entre as autoridades, também esteve presente o Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, e o prefeito de Toledo Beto Lunitti. O secretário de governo sinaliza que, felizmente, o Estado tem de forma crescente eventos como esse: “Sempre focamos na produção agrícola - vegetais, e faltava-nos de fato um ambiente de interação dos zeros da cadeia das diversas proteínas animais. O Paraná que é líder na produção de carne no Brasil, muito porco, muito frango e muito peixe, pouco boi, bastante leite, faltava um ambiente de discussão mais técnica e mais qualificada, de oportunidades, de inovação e de ciência. Toledo que é um polo importante percebeu isso e construiu esse ambiente, tendo todo apoio do Estado, não só financeiro, mas técnico”.
Segundo Ortigara, a possibilidade de crescimento é de mais de 9 milhões de toneladas de proteína animal no Brasil até 2030, o que configura um terço da produção atual. “Isso se faz com ciência, conhecimento, inovação, genética dos sistemas alimentares, com sanidade e biosseguridade, com manejos corretos e automação de processos, num contexto relevante e que pode nos propiciar esse salto. Ninguém vai longe fazendo do mesmo jeito, seja na agricultura ou na pecuária. Temos que fazer um esforço adicional para ter mais pesquisa e ciência, mas que, na prática, isso chegue na roça e gere o resultado que podemos conquistar”, salienta.
Segundo o prefeito do município, este espaço expressa tudo o que a vocação da proteína animal tem da proposta de segurança alimentar para o planeta e apresenta as dores do setor, colocando no centro da discussão o ponto de vista técnico, acadêmico e de pesquisa, além de aprofundar sobre genética, manejo e que envolve todo processo de criação de proteína animal, seja na produção de grãos, cereais ou cuidados com o solo e água. Também reflete sobre as potencialidades que se precisa avançar, como a produção de energia renovável. “Quando se tem parceiros importantes na construção dos saberes da ciência e da técnica, especialmente envolvendo universidades públicas e particulares, como é o caso da Unipar, isso engrandece esse fórum de debates, para que possamos encontrar soluções e viabilidades para potencializar a produção e melhorar a lucratividade do produtor, expandindo a ideia para o Brasil e América Latina, e melhorando a segurança alimentar do planeta”.
Com informações: Comunicação da Unipar de Toledo.
Última atualização em 2 de Abril de 2024 às 16:21