Público de Cascavel, Francisco Beltrão e Umuarama participou do evento realizado no modelo remoto
A Universidade Paranaense – Unipar promoveu a 2ª Aula Magna Integrada dos cursos de Psicologia das Unidades de Cascavel, Francisco Beltrão e Umuarama. O tema central foi ‘Mídias sociais e a Psicologia: o que é importante saber?’. O diálogo foi conduzido pelos psicólogos Aramis Welliton de Freitas e Pedro Braga Carneiro.
O evento foi transmitido pelo canal da Unipar no Youtube, e contou com o prestígio de docentes, acadêmicos e egressos. Freitas iniciou as falas destacando sobre atendimento on-line, comunicação síncrona e assíncrona, recrutamento e seleção, aplicação de testes regulamentados e o que é vedado ao psicólogo, segundo o Código de Ética.
O profissional também explanou sobre as diretrizes e nota técnica que norteiam a respeito da publicidade na área da Psicologia, resoluções que fundamentam o trabalho, questões relacionadas ao sigilo profissional, e o que não é recomendado, mesmo que se tenha autorização do paciente – como o uso de depoimentos.
“Em caso de o profissional ser convidado para ministrar palestras ou dar entrevistas deve garantir a preservação da identidade da pessoa e do que está no setting terapêutico, que é um lugar de intimidade, vínculo e sigilo”, orientou.
Quanto ao perfil profissional em redes sociais, argumentou a importância de se fazer uma análise crítica do conteúdo divulgado, para não responder eticamente, sempre avaliando qual a finalidade da informação que se quer passar. Alertou para que só seja veiculado métodos e técnicas regulamentados, embasados cientificamente.
Com a mesma temática, Carneiro deu sequência à palestra. Sua proposta foi refletir sobre o sentido das mídias sócias e a importância delas na vida das pessoas. Segundo observou, uma das características da contemporaneidade é a disponibilidade de informações a todo tempo.
“Vamos construindo subjetividade neste arcabouço das relações virtuais. Vamos construindo nosso jeito de ser no mundo a partir das percepções dos estímulos do que a gente consome”, pontuou.
O profissional sinalizou também para o cuidado com a mercantilização das relações: “Parece que as coisas são automáticas, eu clico num botão e tudo se materializa, mas não são, as coisas levam tempo, é um processo. Entra numa lógica de que tudo é rápido, e, se não funcionar em um clique, eu não quero mais”.
Outro fato apontado foi o de que as redes são espaços construídos por alguém, com alguma finalidade. “Devemos ter ciência de que não há receitas para o sofrimento psíquico, por isso não se pode sair ensinando técnicas. Não podemos esquecer que tem vidas fora da rede”, lembrou.